Um grupo de amigos de uma faculdade qualquer da Grande Lisboa escreve
um guião macabro que consiste no rapto de dois finalistas e uma caloira. Estes
serão torturados até à morte, o seu sofrimento filmado e publicado nas redes
sociais.
Uma história impossível de acontecer?
Talvez…
Mas e se acontecesse mesmo?
Se um dia, o inimaginável acontecesse mesmo? E se de repente a rotina
de um curso que não interessa para nada, a falta de emprego, a desilusão
perante um futuro sombrio repleto de frases feitas por políticos que não querem
saber da “gente” para nada, tomassem conta do nosso espírito, da nossa alma? O
que é que poderia acontecer-nos a todos?
Será que poderíamos degenerar mesmo enquanto geração que não é rasca,
mas está “à rasca”?
Ser estudante e cidadão no Portugal de hoje, à beira de um precipício,
onde se paga um preço demasiado caro por se ser jovem, não é nada fácil.
Tal como os protagonistas desta história policial que levamos à cena
este ano, quisemos dizer: basta! Estamos fartos que nos digam como é que
devemos conduzir a nossa vida dentro e fora da faculdade que nos acolhe
imberbes, e nos lança às feras no final de um curso que muitas vezes não nos
diz nada.
Basta! Nós agora queremos ser os donos do nosso destino.
Chamem-nos ambiciosos, lunáticos!
Chamem-nos o que quiserem, mas tenham cuidado… tenham muito cuidado…
ESCURO, de Marcantonio Del Carlo
Estreia a 10 de Maio, no Bar Novo da Faculdade de Letras da
Universidade de Lisboa
Sextas e sábados, às 22h.
Reservas: 96 442 84 11 ou artec.flul@gmail.com
facebook.com/artecflul