quarta-feira, 22 de abril de 2009

Caros amigos...uma reflexão!

Este ano fomos informados por uma missiva, un tanto ou quanto impessoal, em versão electrónica, genero mail mal amanhado, de que mais uma vez não fomos escolhidos para essa manifestação de cariz colectivo dizem uns, e apenas feira de vaidades, afirmam outros, e que dá pelo nome de FATAL.

Bom, nada a que a organização desse evento já não nos tenha habituado. No entanto, em função desta nova "nega", e já lá vão três, há algumas questões que um grupo, que há mais de dezassete anos ocupa um lugar de destaque no panorama do teatro universitário da capital, não pode deixar de levantar.

1 . Quais são os critérios da organização na escolha dos grupos de teatro universitário que participam ou não nesse festival?

2. Quem é que decide e que competências possui na avaliação desses mesmos grupos? São actores? Encenadores? Dramaturgos? Cenógrafos? Profissionais ou amadores? E quem os escolhe a eles?

3. Como é que se avalia a qualidade, ou falta dela, de um projecto teatral universitário, se é isso que se procura, num visionamento de um ensaio de dez minutos? Foi o que o Sr. Rui Teigão, representando a organização do FATAL, e a pedido dele, fez na nossa sala três semanas antes de estrearmos. Ou seja, quando todo o nosso trabalho ainda estava por concretizar de facto. Já agora é de notar que nem o sr. Rui Teigão, e outros membros da organização, responderam sequer ao convite que a nossa produção lhes remeteu para estarem presentes na estreia da nossa peça. Se calhar como ela dura mais do que dez minutos...enfim! Seja como for ficava-lhes bem ter respondido, não acham?

4. Não conhecendo os princípios e a filosofia deste evento, achamos que apesar de tudo ele pretende juntar, num mesmo patamar, o da colectividade que representa, a academia, todos aqueles, que de forma cabal, detêm um estatuto artistico de qualidade no âmbito do teatro universitário português. Desculpem-nos a nossa falta de modéstia, mas nós fazemos parte desse leque de criadores! Se nos tivessem dado oportunidade, mais do que os tais "dez minutos", facilmente teriam percebido isso. E não nos referimos apenas ao sr. Rui Teigão. Aliás, a comprovar este raciocínio, temos as listas de espera das nossas folhas de bilheteira que estão esgotadas nas três próximas semanas. Sim nós, ao contrário de "alguns" outros, temos um público fiel e que cresce de ano para ano. Não esgotamos apenas e só no FATAL, como infelizmente acontece com os tais "alguns" outros. Não, o nosso inserimento na faculdade a que pertencemos e fora dela é hoje uma realidade que nos orgulha. Temos relatórios de êxitos de bilheteira, dossiês de imprensa, etc., para facultar aos que duvidam desta realidade.

Seja como for, este não é um lamento. Pretendemos apenas perceber porque é que, mais uma vez, a organização do FATAL não nos explicou as razões que estiveram por detrás da nossa exclusão. Uma mensagem electrónica impessoal, e uma "visita" a correr de dez minutos são no mínimo factores de algum pretensiosismo que não nos merece qualquer espécie de respeito. Sim, porque nós respeitamos a academia e todos os que nela, como nós, realizam um trabalho meritório na sua divulgação.
Este nosso questionamento assenta no direito que temos de perguntar porque é que o FATAL, que é organizado por uma entidade que todos suportamos com propinas e impostos, a Reitoria, nos exclui sem nos explicar o porquê ou porquês dessa atitude.
É um facto que nós vivemos à margem deste evento, e desculpem-nos o atrevimento, não precisamos dele para nada. Mas quando alguém nos pede para ver, nem que seja num minuto, o que estamos a fazer na nossa "casa", e depois tece um juízo de valor pretensioso e absolutamente infundado sobre o que viu, apetece-nos dizer, como uma das personagens da peça que está agora em cena: Vai à merda!

ARTEC

8 comentários:

helga disse...

Não sei qual foi o juízo de valor, mas realmente também acho que mereciamos mais consideração. Só ouvi coisas boas da nossa peça, e, aliás, essas críticas para mim são muito mais importantes do que ir a um FATAL desorganizado, parcial e irresponsável. Não é com desleixo que se pode ajudar a desenvolver o teatro académico!
Se calhar, o que eles queriam era um género mais... aquele em que a Encenadora chama as meninas do teatrinho!!
É isso, para o ano podiamos fazer uma coisinha dessas! Bastava-nos uma semanita de ensaios e alguém com diarreia mental... Não há-de ser difícil de arranjar! E dava-nos muito menos trabalho, não acham?
Não, não é isso que nós queremos. Tenho a certeza que todos os membros deste grupo pretendem trabalhar e encarar o teatro com seriedade, sem ceder a pressões de modas parvas e anti-artec.
A peça tá muito boa, meninos. E não é o FATAL que nos pode negar isso, meninos. Eles não percebem nada disto! Eles ainda acham que o JONES é um viking e que estuda Literatura Grega III... Ou melhor, elesentenderam quem era o Jones??

Artequianos disse...

Tambem tinha curiosidade em saber quais os meios de seleccao ou avaliacao como lhe queram chamar que sao metidos em pratica! Ah, talvez a(s) pessoa(s) que avalia, certamente nao sabera o significado da palavra ou talvez nem se avaliar a ela propria o é capaz de fazer quanto mais a terceiros?
Nao intressa pessoal, isto é como na vida cagou, andou e estamos muito bem na casa onde estamos ;)
E espero que o sucesso continue! Bjs e Abraços ;)

Pedro Silva

Artequianos disse...

Lool!! assino por baixo!!!

Mas que grande palhaçada, eu só nao percebo pk é q ainda questionamos isto?? acho que o tema nem merece ser mencionado... o importante somos nós: o ARTEC!! gostarmos do q fazemos...termos gosto a fazer a nossa peça... isso sim é importante... o SRº Rui Teigão teve medo que o despissemos :P ahahahahahahahaahah tou na onda do... "VAI À MERDA" porque há muitas coisas na peça que se aplicam ao dia-a-dia e é isso que assusta as pessoas...E esse é q é o problema...têm medo... OU ENTAO...não perceberam a peça!!! :)

Bjinhos a tds os Artequianos por serem um grupo fantásticooooo :D *************

Diana

Inês disse...

Eles têm é medo. ;)

(Ah, esqueci-me da password e da conta... outra vez. Oops.)


Inês G.

Amadeu Mendes disse...

Precisamos realmente de gastar o nosso tempo a discutir o assunto? xD peloamordasanta, mesmo antes do Sr. (?) Rui Teigão meter lá os pézinhos e se divertir (?) muito com a nossa peça (???? ou melhor, ensaio de dez minutos *-*), já nós diziamos que não iamos ao FATAL. E não é por falta de qualidade da nossa peça, ou do nosso grupo, nããão. Até pq nestes TRÊS anos, houve quase TRÊS grupos DIFERENTES! Sim, pq de um ano para o outro só 2 pessoas mantiveram-se, e agora no fim 5 ficaram... então gente, ou o critério de selecção de actores para o Artec é pessimo LOL, ou então o problema é outro hihih. E como ouvimos criticas positivas da nossa peça, tirem as vossas conclusoes!

Eu já sabia que nao iamos ao fatal antes de ler isto, alias, vi um tão querido cartaz convidativo no placar da minha faculdade, e um conjunto de panfletos que eles tiveram a SIMPATIA de colocar em cima dos panfletos do NU na mesa da minha faculdade ;)

Quanto aos critérios de selecção: oh oh. A peça mais silenciosa ganha, depois é a peça com mais laboratório (?) teatral, depois a peça para rir (mas nao o nu, pq no nu falasse de carne assada e erasmus, é feio!), e um drama antigo para completar .. =)

Fiquemos no nosso bar, com o nosso publico fiel =D pelo - lá somos bem recebidos.

E REALMENTE PRECISAMOS PARA O ANO DE TENTAR IR AO FATAL? PELOAMORDASANTA! Querem ir ver um ensaio de dez minutos? Temos pena... 2 eurinhos e ainda dá para ver a peça toda!

De resto, era como o NU diria:
Vai a' merda.

E claro, a celebre: pois, vomitem!

Amadeu Mendes disse...

E a diana na estreia com o seu "Assim, ja nao vamos ao fatal", que nao funcionou, teve muita razao LOOOOOOL

Artequianos disse...

É uma pena, mas de facto pelo público e pelas suas opiniões após verem a peça, dá para perceber em que pé estamos!

Abraços e Bjs,
Tito

Unknown disse...

Amigos visitem o nosso blogue pois eu teci algumas considerações que talvez sejam lenha que arde numa fogueira que de facto faz da vaidade o seu mais querido combustivel.
Bjs Marcantonio